No centro do Isolamento
Quarta-feira, 30 de Novembro de 2005
[Movimento]
Movimento
De um universo em mim parado
Qual turbilhão de sensações
Tufão de sentimento
Imparável em pensamento.
Movimento
De estatueta estanque em pedestal
Olhar fixo longínquo quanto o mar
Num bailado de areia e sal.
Movimento
De um ser em si parado
Num chão de pedra enraizado
Só em sonhos esvoaçado
Sábado, 19 de Novembro de 2005
só eu me consumo
Tens teu amor vendido
A um ror de tentações normais
As quais nem meu coração se tenta
Ficando arredado sozinho
Enquanto te pensa
Te espera.
Ninguém me o quer
Ninguém me aguenta
Por inteiro
Por metades
Nem por quartos nem em sombras
Nem por elas
Sozinho quanto tu não esperas
Verdade esta
Que só, eu e meu mundo
Só eu me consumo.
Sábado, 12 de Novembro de 2005
nem sempre
Nem sempre o sol brilha
Nem sempre minha vida amanhece
Nem sempre sinto meu corpo são
Antes um edifício que estremece
A cada batimento do coração