No centro do Isolamento
Terça-feira, 23 de Novembro de 2004
Vento frio
Morro sob um vento frio
Cada dia que amanhece.
Vulto na rua
Fujo aos dias, às horas
Aos minutos em que me aparece
O devaneio de loucura
Que a minha alma arrefece.
Não sei se não sofro
Se não sinto.
Se não sente
O meu coração dormente,
O gume frio que lhe atravessa,
Que me retalha o ventre.
Palavras pesadas que carrego
Em meu peito
E esta gente
Passa e sorri
Mal sabem do fogo que trago adormecido,
Pendente
Com que vagueio por aí.